Espectros devora T-Rex em Blumenau e conquista o Brasil Bowl X

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O time da Paraíba ergueu mais um título de Brasil Bowl e entrou para hall de bicampeões nacionais, na última edição da BFA. Foto: Richard Ferrari

No confronto mais esperado deste a unificação das competições nacionais em 2016, Timbó Rex e João Pessoa Espectros se enfrentaram pela primeira vez, em uma partida nada corriqueira. Frente a frente pelo Brasil Bowl X, os times fizeram um espetáculo como o evento prometia, demonstrando um nível técnico digno de final nacional. Ao fim, os visitantes se mostraram mais confiante e em um jogo quase perfeito, derrotaram o Timbó Rex por 45 a 21, ficando com o segundo título nacional, o primeiro na era BFA.

O jogo

A finalíssima começou com um longo e rápido retorno de Guilherme Meurer até as 33 jardas. Bassani iniciou os trabalhos pelo ataque do T-Rex forçando passes longos, mas nenhum com sucesso, levando o time ao punt. No retorno, o sempre temido Callus Cox cometeu um erro improvável, soltando a bola a 6 jardas da end zone, recuperado por Karl Henry. Pra abrir o placar, Clair José correu pelo meio das trincheiras. Chute reto e certeiro de Ramon Verdugo pra o extra point. 7 a 0.

Depois do touchdown, o Espectros finalmente conseguiu botar seu ataque em prática após retorno curto e um tackle certeiro de Karl Henry limitando o Espectros a iniciar nas suas 4 jardas. Sem problemas para distribuir passes, Alex Niznak conquistou o primeiro first down do jogo com passe para a esquerda com Heron Azevedo. Mesmo saindo lá de trás, os Espectros atravessaram o campo, depois de bom passe para Vitor Ramalho fugindo de tackles e só parando as 6 jardas. O primeiro touchdown veio após passe rápido de Alex no colo do Denner Lucena na end zone. Ponto extra convertido por Diego Aranha. 7 a 7.

Quem de fato encontrou dificuldades em mover as correntes foi o T-Rex. Com forte pressão do front seven dos Espectros, Bassani quase não conseguiu completar passes, além do nervosismo de seus recebedores, provocando inúmeros drops.

Os paraibanos voltaram a campo, agora com retorno sem erros de Cox, colocando o time já no ataque. Logo no primeiro snap, Niznak foi atropelado por Joserlanio Santos, Mesmo com avanços por parte de Vitor Ramalho, os Espectros não conseguiram chegar a end zone, mas Aranha não jogou a campanha fora, anotando um field goal e colocando o time novamente a frente do placar. 10 a 7.

Ainda sofrendo com drops, o Rex devolveu a bola mais uma vez. Desta vez, Cox mostrou seu poder em retornos, emendando diversos dribles e chegando até as 4 jardas do ataque. Como um míssil saindo das mãos de Niznak, o passe atravessou em uma janela muito curta entre defensores mais com recepção de Luiz dos Anjos na end zone. 17 a 7.

No segundo quarto, os Espectros continuaram a vontade, agora com corridas por parte de Heron e Cox. Com dois recebedores do mesmo lado, Heron foi mais rápido em rota pelo meio da secundária, ficando livre para mais um touchdown 24 a 7.

Ainda fortemente pressionado, Bassani sofreu seu primeiro turnover depois de passe desviado por Cox e interceptado pelo cornerback Rafael Jonattas “Pé de Pano”. Desta vez, a defesa do Rex conseguiu acordar forçando pela primeira vez um punt do Espectros.

Em seguida, o ataque anfitrião também começou a encaixar, depois de uma big play entre Bassani e Meurer, tackleado por Flavinho Gouveia. Depois de quase perder a bola em um fumble, Bassani ficou com ela e no snap seguinte encontrou Meurer na end zone para diminuir a diferença. 24 a 14 após chute convertido por Verdugo.

Mas a vantagem de 10 pontos não durou nem no chute de retorno. Depois de receber a bola, Cox ganhou velocidade e com espaço pela esquerda, arrancou até o outro lado do campo para seu touchdown de retorno. 31 a 14 com conversão de Diego Aranha.

De volta a campo, o Rex conseguiu uma first down com boa corrida de Clair José, mas novamente perdeu sua posse bola, agora com interceptação pelo defensive end Bruno Sherman. Ainda com todo gás, os Espectros ainda ousaram, com um pitch de Niznak para Ramalho, que atuando momentaneamente como passador, mirou Heron Azevedo que completou o passe, fugiu da cobertura e caiu na endzone para mais um touchdown. 38 a 14 com Aranha sem erros na tarde.

Depois do intervalo, o Timbó Rex veio obstinado a virar e logo em sua primeira campanha no segundo tempo, voltou a pontuar. Depois de bela conexão entre Bassani e Meurer, o quarterback catarinense encaixou um bola precisa no fundo da end zone para o Ian Bittencourt. 38 a 21.

Em um jogo de destaque para a linha ofensiva dos Espectros, no terceiro quarto a unidade finalmente começou a ceder, permitindo inúmeras infiltrações da defesa catarinense. O que poderia ser um field goal, se transformou em um punt após dois sacks seguidos. Mesmo assim, com jogadas curtas o ataque paraibano conseguiu queimar relógio, tornando mais difícil a a vida do time adversário.

No último período, Niznak também teve seu passe capturado, por Matheus Flausino, dando sobrevida aos timboenses. Porém sem avanços, o Rex ainda tentou um fake punt com Verdugo em um passe curto em direção a Meurer, sem recepção.

Para fechar o placar e ainda fechar sua performance coroada com o troféu de MVP, Alex Niznak ainda anotou seu touchdown corrido, em play action com corrida pela direita, quebrando tackles e rompendo a goal line. 45 a 21. Ao fim do jogo, Rodrigo Dantas, que passou a temporada inteira de recuperação, ainda entrou para ajoelhar com a bola e decretar o bicampeonato do time de João Pessoa. Final 45 a 21, Espectros campeão do Brasil Bowl X.

O tri permanece intacto

Mesmo com 17 finais nacionais disputadas, somando dez Brasil Bowls e sete Torneios Touchdowns, o título de tricampeão brasileiro de futebol americano permanece intocável. Porém, com o titulo dos Espectros, a lista de bicampeões ficou maior, com os paraibanos se juntando a Cuiabá Arsenal, Flamengo Imperadores (contando Fluminense e RJ), Corinthians Steamrollers, Timbó Rex e Galo FA (contando com Sada Cruzeiro).

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6 COMENTÁRIOS

  1. Só felicidade na Paraíba; o jogo foi muito bom.
    Os replays da ESPN estavam com baixa qualidade e mal cortados/editados e os envolvidos na narração estavam competindo para ver quem soltava mais dados/informações/estatísticas. Pareciam uma metralhadora.
    Talvez pudessem ter sido um pouquinho mais didáticos quanto a (nomes de) lances/jogadas e regras para facilitar para os espectadores que assistiam pela primeira vez (deve ter havido muita gente nesta condição).
    Enfim, aprender e melhorar, até para os Espectros que ano que vem defendem o título.
    #goespectros #torcidafantasma #RESPECTROS

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