E a dinastia do único campeão da Conferência Nordeste finalmente ruiu. Depois de 12 anos de rivalidade, o Recife Mariners finalmente conseguiu derrotar o João Pessoa Espectros em uma partida de playoffs. Na semifinal da BFA 2023, o time pernambucano derrotou mais uma vez os paraibanos (34 a 13) e receberá o também invicto Fortaleza Tritões na final.
No cômputo geral, são 14 vitórias do Espectros e sete do Recife Mariners. No entanto, nas decisões, os títulos da Conferência até então sempre ficaram com a equipe de João Pessoa, que, por duas vezes, foi campeã nacional (2015 e 2019). Agora, será a vez do Recife Mariners ou Fortaleza Tritões representarem o Nordeste em uma semifinal nacional (contra o Rex ou Almirantes, da Conferência Sul).
O jogo
No chute inicial, na tentativa de passar a bola para Cox retornar, o Espectros sofreu um fumble e o Mariners conseguiu uma campanha de ataque na redzone de graça.
Tentando corrigir o erro do special team, a defesa do Espectros conseguiu um sack que fez o Mariners perder 10 jardas. Após tentativas de corrida e passe, o Mariners não conseguiu first ou o touchdown. Paulo Motta foi para o field goal e converteu a chance – 3 a 0 para os donos da casa.
Em novo chute, o Espectros fica com a bola, mas saiu com as costas na parede, na linha de duas jardas. A opção do quarterback Rooney foi o passe para o wide-receiver Golzio conseguir a primeira descida.
Nova primeira descida foi conseguida pela proteção da linha ofensiva, que deixou todo o tempo e espaço para o americano Rooney correr.
Com as defesas mais ligadas, ambos os times não conseguiram avançar além do meio-campo e trocaram punts.
Após a troca de punts, Cox, triplicado no campo (special teams, ataque e defesa), recebeu no meio e colocou os paraibanos na jarda 48. A defesa do Mariners impediu o avanço e forçou a quarta descida. O Espectros optou por arriscar e novamente Cox recebeu para renovar as chances dos visitantes.
Já no segundo quarto, Rooney não teve tempo de passar e Valber fez um ótimo sack, colocando o Espectros em uma terceira para 18 jardas. A solução no fim da campanha foi um field goal certeiro de Diego Aranha, para empatar o clássico: 3 a 3.
No retorno, o americano Shelley colocou o Mariners na jarda 35 de defesa. Em terceira descida, Álvaro Fadini achou um passe perfeito, que seria para touchdown não fora uma interferência de passe. Com a falta, o Mariners avançou para o ataque e Shelley recebeu para chegar até a jarda 16.
Nas tentativas de corrida com Fadini, Cox foi quem impediu o avanço. Em quarta para duas jardas, Fadini foi pelo meio e garantiu a primeira para touchdown para o time azul.
Fechando os espaços para corridas e passes, a defesa paraibana impediu o touchdow. Paulo Motta chutou novamente e dobrou o placar para os recifenses: 6 a 3.
O Mariners tentou manter o momentum no fim do segundo quarto com a ótima interceptação de Pedro Brito. De novo no ataque, os pernambucanos retribuíram o favor do Espectros com Fadini sendo interceptado, mas com um fumble, a bola foi recuperada pelo time da casa. Sem avanços, o Mariners arriscou uma quarta descida, mas só levou um sack do lineback Eduardo Victor.
No huddle e passe rápido para Vitor Ramalho conseguir o first down. Arriscando para fazer o touchdown, Rooney foi novamente interceptado por Shelley, que retornou até a endzone. No entanto, um holding da defesa anulou a jogada.
Antes do relógio zerar, o Espectros foi para novo field goal e nova conversão de Aranha, empatando o jogo no primeiro tempo: 6 a 6.
O terceiro quarto também começou com um fumble no retorno, mas o Mariners recuperou a bola. Apesar da tentativa de big play de Fadini com Oshay Dunmore, o Mariners não conseguiu o first down. Em fake punt, o Espectros estava ligado e retomou a bola na jarda 33 de ataque.
O Espectros aproveitou a falha do time da casa e Rooney achou Cox no canto da endzone, em lindo passe para touchdown. Aranha confirmou o ponto-extra e a virada paraibana – 13 a 6.
O Mariners conseguiu chegar ao campo de ataque em uma falta que ejetou Hércules (Espectros) do campo. Faltando uma jarda para o first down (e a redzone), o Mariners arriscou a quarta descida e Lucas Adolfo correu para deixar o time da casa ainda no ataque.
Com a defesa do Espectros anulando as opções de Fadini, o Mariners se viu novamente em uma quarta descida. Em ótimo passe de Fadini, Ítalo recebeu mesmo marcado para fazer o touchdown do time azul. Paulo Brito chutou o ponto-extra e confirmou o empate: 13 a 13.
Pressionado, Rooney não conseguiu a precisão dos passes necessária para levar o Espectros a um first down. Após punt, no segundo down, Fadini sofreu um fumble e a bola foi para as mãos do Espectros na jarda 39 do campo de ataque.
Antes do fim do terceiro quarto, a defesa do Mariners impediu o first down do Espectros nas três tentativas. Em quarta para uma jarda, o Espectros arriscou e levou no screen pass para Cox, que levou os paraibanos para a redzone.
Rooney tentou uma big play e Jason Shelley fez uma linda interceptação na jarda 2 defesa. A Big Play funcionou para o Mariners, em passe lindo de Fadini para Jason Shelley fazer um touchdown de quase o campo todo – Paulo Brito teve o chute bloqueado e retornado para a endzone. No entanto, a jogada foi anulada por uma falta. Paulo Brito chutou de novo e finalmente confirmou o 20 a 13 no placar e nova virada no jogo.
Com a bola, Rooney não teve a paz para poder passar a bola e tomou um sack de Túlio Albuquerque. Com a bola, o Mariners optou por controlar o relógio com as corridas certeiras de Lucas Adolfo. Surpreendendo, Fadini foi para o passe e achou Oshay Dunmore na endzone para ampliar – Brito ampliou para 27 a 13.
O Espectros não conseguiu sequer um first down e o Mariners retomou a bola e correu para a redzone e também para a endzone, com Lucas Adolfo: 34 a 13 para o Mariners com o mais um chute certeiro de Brito.
O que vem por aí?
O Mariners enfrentará o Fortaleza Tritões, que chegou a sua primeira final de Conferência e está invicto na competição. O vencedor receberá o campeão do Sul (Rex ou Almirantes).
Manaus FA, campeão da Conferência Norte, enfrentará o Sorriso Hornets em Manaus. Quem passar, pegará o campeão da Conferência Sudeste – que será definido em um clássico entre Galo e Cruzeiro.
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Correções, para dar uma ajuda pra vocês que tanto ajudam nosso esporte:
É Walber o nome do DL, não Valber!
O kicker do Mariners é Paulo Motta, mas no parágrafo “Com a defesa do Espectros anulando as opções de Fadini” e “Rooney tentou uma big play e Jason Shelley” e “Com a bola, Rooney não teve a paz para poder passar”, vocês colocaram Paulo Brito.
[…] confronto da semifinal da BFA, o Mariners derrotou pela primeira vez nos playoffs ao multicampeão Espectros. No cômputo geral, são 14 vitórias do Espectros e sete do Recife Mariners. No entanto, nas […]