“[O discurso de ódio] promove o racismo, a xenofobia e a misoginia; desumaniza indivíduos e comunidades; e tem um sério impacto em nossos esforços para promover a paz e a segurança, os direitos humanos e o desenvolvimento sustentável”. A fala é do secretário-geral da ONU, António Guterres, em sua mensagem para o primeiro Dia Internacional de Combate ao Discurso de Ódio, em 18 de junho desse ano.
Na tarde de sábado (30 de junho), durante a final da Série Ouro, houve uma clara tentativa de desumanização de um atleta do time do Vikings. A frase, proferida duas vezes, em alto em bom som, “Chama o IBAMA”, foi dita após o jogador Carlos Eduardo do Santos sair de campo para atendimento médico. O vídeo original pode ser acessado aqui.
Diante do ocorrido, Carlos Eduardo reagiu de forma contundente, firme e certeira em um vídeo em sua rede social. Confira o vídeo.
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Os times envolvidos (São Bernardo Avengers e Mauá Vikings) na final fizeram uma nota de repúdio conjunta contra o ocorrido.
O fato sequer foi um “incidente isolado” nem mesmo no final de semana no FABR. No Paraná Bowl XII, uma situação dentro de jogo gerou outra nota de repúdio, desta vez, do Coritiba Crocodiles.
Está claro que as notas de repúdio, posteriores ao ocorrido, embora louváveis, não estão sendo suficientes para mostrar que o FABR não é um lugar para manifestações racistas.
Os racistas se sentem à vontade de proferir o que bem entendem nos campos do futebol (americano) nacional pois estão protegidos pelo anonimato promovido pela conivência daqueles que não denunciam, não agem e não fazem ações preventivas que deixem claro que o racismo não é bem-vindo.
Questionados pelo Salão Oval se haverá ações preventivas nos jogos de seus campeonatos nacionais, a SPFL, que terminou neste final de semana, divulgou uma nota oficial de repúdio.
A BFA, que está em andamento, publicou uma nota de repúdio (que não menciona ações preventivas). A CBFA, que também tem seu campeonato nacional em andamento, também irá se manifestar através de uma nota
Ao não agir de forma preventiva contra o racismo, no mínimo com anúncios antes dos jogos – alertando para possíveis ações criminais diante de atos racistas – e uma campanha permanente contra essas ações, CBFA e BFA estão respondendo a pergunta do título com um gigantesco “tanto faz”.
Já no Paulista de Flag, na última rodada do feminino, ocorreu varios casos onde a torcida do Chronos desferiram diversos xingamentos racista, gordofobicos e xenofobicos. E o que a Liga fez? Postou enquete no Instagram perguntando se vale tudo na torcida e postando comentário de um provável inergumino do Chronos falando que o pessoal tá de choradeira. Nesse ponto que vemos como os administradores do Instagram do Paulista de Flag devem ser crianças da 5° serie