“Não podemos ficar presos em ciclos de mundiais que não vão existir”, afirma Brian Guzman

Brian Guzman orienta jogadores da Seleção Brasileira de Futebol Americano durante treinos em Cotia (SP). Foto: Chiarini Jr

Brian Guzman completou 10 anos no México, onde já desempenhou múltiplos papéis nos staffs técnicos de times universitários do país, inclusive na Seleção Mexicana, onde foi campeão mundial. Com este currículo, ele reafirma que não é técnico da Seleção Brasileira, mas sim, está.

“Ninguém é da Seleção, nós estamos na Seleção”. A frase foi usada em sua entrevista exclusiva ao Salão Oval para explicar a convocação de tantos rostos novos no Brasil Onças Week. “Eu não preciso do Igor Mota aqui nesta semana, eu já sei o que vou ter do Igor. Preciso ver quem será o futuro substituto do Igor em ação”, exemplifica.

Para o head coach, “A Seleção Brasileira é uma ferramenta de desenvolvimento do FABR” e, por isso, abriu espaço para os novatos na convocação. “Vamos dar oportunidade para pessoas que não estiveram aqui antes e na hora de competir, vamos juntar as duas coisas: os veteranos que ainda estão em alto nível e vão ajudar a gente a ganhar esses jogos e essas novas gerações que estão aparecendo pela primeira vez aqui no camp”, afirmou Brian Guzman.

Futuros adversários e construção de um ecossistema

A semana de treinamentos da Seleção Brasileira de Futebol Americano, dos dias 10 a 14 de dezembro, foi originalmente reservada para um amistoso contra o Panamá, que acabou não acontecendo.

“O que queríamos fazer nessa data do training camp era um amistoso com o Panamá”. Questionado se o Brasil não poderia encarar o México, Brian explica: “Temos que trabalhar um pouco mais para competir contra o México no full pad. O primeiro passo eu diria que é o Panamá, que cresceu muito. Será um grande desafio pra gente. Então, 2026, temos que tentar trabalhar isso com eles e formar essa parceria, jogar esse jogo e pensar no que vem depois”.

Perguntado sobre a afirmação do presidente da IFAF de que não há um horizonte para novos mundiais full pads, Brian deixou claro seu pensamento: “Não podemos ficar presos em ciclos de mundiais que não vão existir. Temos que criar o nosso ecossistema, analisar como podemos ajudar Argentina, Uruguai, Chile e Colômbia a continuar se desenvolvendo e se aproximar do Panamá. E, porque não, jogar contra Portugal, Espanha e Itália”

Momento atual do FABR

Brian ainda comentou sobre o momento atual do FABR: “A Seleção vai como o FABR vai. Vejo que o FABR deu uma encolhida pós-pandemia. Mas tenho certeza que vamos pegar a subida de novo do esporte e a Seleção tem que estar pronta quando isso acontecer”, diagnosticou.

E diante desta realidade, Brian reafirma a necessidade de esforços de manter a modalidade em alto nível: “O que não podemos fazer é soltar o full pad. O Flag está crescendo, é olímpico, mas sabemos que no FABR, o full pad tem uma grande importância pra todo mundo, é o que começou a CBFA, o que mantém o futebol americano vivo no Brasil, e temos que fazer esse esforço de tentar devolver algo pra essa modalidade que é tão importante do FABR”, sentenciou.

Confira a íntegra da exclusiva com Brian Guzman em nosso YouTube

COMPARTILHAR
Artigo anteriorNFL define programação de Natal com jogos na Netflix e show de Kelly Clarkson
Editor-chefe do Salão Oval, maior plataforma de mídias destinada ao FABR, Social Media Journalist da FIVB (Federação Internacional de Vôlei) e Social Media Editor para a Premier League (Campeonato Inglês de Futebol). Realizei coberturas nacionais pelas cinco regiões do Brasil e também nos EUA (Mundial de Ohio) e Perú (1º Torneio Guerrero de Los Andes), sempre acompanhando o futebol americano nacional de perto. Narrador e comentarista para o futebol americano nacional em diversas ocasiões (BandSports, Fox Sports e Globo Esporte.com), fui também jogador da Lusa Lions (flag 2008) e do Corinthians Steamrollers (2009 a 2012).

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here