Momentos especiais movem Crocodiles e Mariners até o Brasil Bowl

Athos Daniel (esq.) e Álvaro Fadini foram campeões brasileiros pelo Mariners em 2024, mas agora, estão em lados opostos - o wide-receiver voltou para o Crocodiles e o quarterback permaneceu em Recife Foto: Victor Francisco / Salão Oval

O futebol americano nacional está novamente unificado. Depois de 2019 e a parada involuntária diante da pandemia global, esta será a primeira final onde não há mais BFA ou um campeonato da CBFA e sim a Superliga. Coincidentemente, este foi o nome dado em 2016 quando pela primeira vez o FABR esteve junto novamente após a separação ocorrida em 2010.

E os representantes desta grande unificação são o Coritiba Crocodiles e o Recife Mariners. O primeiro é o maior detentor de títulos do FABR, com três nacionais e 12 estaduais. O Mariners venceu o seu primeiro nacional no ano passado (e um vice em 2023), após furar a bolha da dinastia do Espectros no Nordeste há três anos.

Jogando em casa, o Crocodiles fará sua terceira final no icônico estádio do Coritiba, o Couto Pereira. Em 2011, o time foi derrotado pelo Fluminense Imperadores; em 2014, venceu o João Pessoa Espectros.

Além disso, a temporada 2025 marca o retorno do Coritiba Crocodiles a um Campeonato Nacional após o acidente que vitimou três atletas da equipe em setembro de 2024. O time decidiu interromper a temporada, retornando este ano e chegando até a final.

Momentos cruciais para chegar até o Brasil Bowl 2025

Perguntamos a duas figuras icônicas de Crocodiles e Mariners quais foram os momentos cruciais que determinaram que a equipe, internamente, tivesse a coesão necessária para chegar a este momento tão importante – o Brasil Bowl da reunificação do futebol americano nacional.

Confira abaixo (em nosso vídeo do YouTube) a resposta dada por Adan Rodriguez, presidente e jogador do Coritiba Crocodiles, e Lucas David, head coach do Recife Mariners. Ambos destacaram conversas tem treino e preleção de uma partida como este momento-chave.

Um quarterback comum entre Croco e Mariners: Drew Banks

Na foto que ilustra a matéria, temos o wide-receiver Athos Daniel, que em 2024 foi campeão brasileiro da BFA com o Mariners e agora, retornando ao Crocodiles, pode ser bicampeão nacional após jogar em Recife.

Mas quem teve essa sensação (de jogar em ambos finalistas) primeiro foi o americano Drew Banks. Banks jogou no Mariners de 2014 a 2015 e jogou no Crocodiles de 2017 a 2019. Em entrevista ao jornalista Haim Ferreira, do FABR Network, Banks comentou sobre alguns tópicos.

O americano, que fala português tanto com o sotaque do Recife, Curitiba ou Rio de Janeiro, aponta que o acidente que vitimou três jogadores do Croco em 2024 pode unir a torcida e ser um fator que impulsionará o time. Além disso, apontou também que a viagem pode ser algo desgastante para o Mariners: “No Brasil, as viagens são muito complicadas. O Mariners não vai viajar uma semana antes e se ambientar”, analisou.

Mas apesar dos fatores externos apontarem um favoritismo dos mandantes, Drew não estará torcendo para ninguém: “Na época que eu estava no Mariners, nosso objetivo era chegar em um Brasil Bowl justamente contra o Crocodiles. E quando eu estava no Croco, também queria uma final contra o Mariners. Mas agora, eu só tenho amor pelos dois times”, explicou.

> Confira uma entrevista de 2018 do Salão Oval com Drew Banks

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Editor-chefe do Salão Oval, maior plataforma de mídias destinada ao FABR, Social Media Journalist da FIVB (Federação Internacional de Vôlei) e Social Media Editor para a Premier League (Campeonato Inglês de Futebol). Realizei coberturas nacionais pelas cinco regiões do Brasil e também nos EUA (Mundial de Ohio) e Perú (1º Torneio Guerrero de Los Andes), sempre acompanhando o futebol americano nacional de perto. Narrador e comentarista para o futebol americano nacional em diversas ocasiões (BandSports, Fox Sports e Globo Esporte.com), fui também jogador da Lusa Lions (flag 2008) e do Corinthians Steamrollers (2009 a 2012).

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